sexta-feira, 6 de agosto de 2010

quase um largo

kimimasa mayama ©















às oito e quarenta e um
a luz se fez
e cento e quarenta mil
num instante se apagaram

dois dias depois
repetiu-se o macabro espetáculo

(

                                             
                                              
                                               )


hoje o mundo pouco
lembra hiroshima

e há muito esqueceu de nagasaki



Márcia Maia

3 comentários:

Arte Vital disse...

Perfeito, Marcia! E espero que não tenhamos que lembrar de mais um episódio macabro como esse. O ser humano tende a esquecer as suas tragédias, dando margem e possibilidades para que outras aconteçam.

beijos

Antonio

wind disse...

Eu não esqueço...

Ricardo Mainieri disse...

Lembrem das feridas como rosas cálidas, já disse o Poetinha.
O horror que a mente humana é capaz de produzir, ainda, encontra eco em nossos tempos ditos modernos...
O voo do Enola Gay foi muito FDP...

Beijão.

Ricardo Mainieri