domingo, 2 de maio de 2010

sossego




hank nieman©






















morno de amor e madrugada
estende-se ainda o corpo
— nu e lasso —
entre os raios da manhã
que ultrapassam a treliça
e as flores adormecidas
dos lençóis azuis

é domingo e o tempo não urge
flutua desdobra-se desliza
como água mansa de riacho
maré vaga de silêncio
sobre o dia



Márcia Maia


2 comentários:

Iara Maria Carvalho disse...

é exatamente assim que sinto meu dia, hoje...
elástico em sobressalto.

beleza de poema, Itinerário dos melhores. vou segui-lo.

beijos, amiga. estou de volta à Janela.

wind disse...

Lindo:)
Beijos