silêncio
de lua cor-de-romã madura
à janela
de canto
antigo cantado em francês ou
espanhol
de vento
brincando nos galhos do ipê e
do pinheiro
de gente
em alvoroço a caminho do
futebol
silêncio
de abismos escondidos nas pregas
dos vestidos
de mãos
acarinhando do amado o corpo
nu e ausente
de noite
fria que se alonga e se escusa à
madrugada
de nada
além de mim sentada aqui só
como sempre
Márcia Maia
2 comentários:
Ai, esse lirismo puro dos tantos silêncios!
Lindo demais.
Imagens riquíssimas e uma sonoridade ímpar!
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