sexta-feira, 9 de setembro de 2011
a vista distorce o espelho
três mil mortos
dois prédios em escombros
mais um cachorro homenageado com lápide e tudo
duzentos e quarenta mil mortos
uma cidade em instantes arrasada
mais cachorros às pencas sem nenhuma lápide
o clamor urdido
pelos dez anos
do despencar
das torres gêmeas
não se viu não se
ouviu nos eua
em tempo algum
por hiroshima
parece que a vista distorce o espelho
e nem se vai falar aqui de nagasaki
Márcia Maia
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2 comentários:
Belo, MM. Disse por mim e por muitos.
Beijo de saudade.
excelente, minha amiga.
desassombrado Poema.
beijos
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