terça-feira, 19 de abril de 2011

como um cântico


amit gupta©














chove
a tarde é fria e cinza
quase chumbo
             quase noite
                    quase mar
onde deságua o rio
que brotou
há tanto tempo de meus
                     olhos-ônix
perjuros e vazios
maré cheia
            enxurrada
                     correnteza

: quase nada pra lembrar



Márcia Maia


3 comentários:

jorge vicente disse...

quase nada para lembrar:

e muito por sentir
no alumbramento
das tuas águas

Celso Mendes disse...

uma enxurrada de poesia por aqui.

belíssimo, Márcia!

beijo!

líria porto disse...

quase nada pode ser tudo!
besos