domingo, 12 de dezembro de 2010

poema à toa


escrevo papoula
como se semeasse a primeira
cor da primavera

escrevo deserto
como se me desafogasse
e partisse

o que sonho escrevo
(finjo)
não minto



Márcia Maia


5 comentários:

Adriana Riess Karnal disse...

Márcia,
poema deserto, tão perto
de mim.
bj

Breve Leonardo disse...

[esse o primeiro grão de areia do deserto: a palavra que reconhece a sua sombra em pleno sol inquieto]

um imenso abraço,

Leonardo B.

Manuel Veiga disse...

"o que sonho escrevo..."

pelo sonho vamos : sonho de sonho...

beijos

Felipe Costa Marques disse...

mais q haicais mais q poemas...

transpassando amores.

d+

muito bom!

bjos e abs

Alfredo Rangel disse...

Semear papoulas
em pleno deserto,
finjo.
Me desafoga
o sonho.