não há mais mortos no dia dos
mortos
mesmo as molduras na parede
mostram-se vazias
(a manhã resplende
os pássaros cantam
a menina chora sozinha no jardim)
e os mortos todos os meus mortos
não passam de lembranças
leves como a brisa
que brinca em meu cabelo todo dia
de manhã
Márcia Maia
Um comentário:
enorme talento. que da morte faz beleza.
beijos
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