terça-feira, 2 de novembro de 2010

os mortos


não há mais mortos no dia dos
mortos
mesmo as molduras na parede
mostram-se vazias

(a manhã resplende
os pássaros cantam
a menina chora sozinha no jardim)

e os mortos todos os meus mortos
não passam de lembranças
leves como a brisa
que brinca em meu cabelo todo dia
de manhã



Márcia Maia


Um comentário:

Manuel Veiga disse...

enorme talento. que da morte faz beleza.

beijos