sexta-feira, 23 de julho de 2010

desdisse o amor tudo aquilo que eu dissera


desdisse o amor tudo aquilo que eu dissera
quando escrevi que era tudo e mais além

como pudeste escrever tanta tolice
e riu-se o amor (que de escárnio sabe rir
o amor também)
— nada disse fiz-me espera
e vi o amor se gabar do que não tem

(porque vaidade urde só parlapatice)
num vai e vem que não cansa de ir e vir

e chega aonde essa eterna romaria
o que farás dessa imensa zombaria
dize-me amor tu que agora ris assim
calou-se o amor nada dizer poderia

e em meus olhos leu aquilo que temia
quão tolo foste ao partir amor de mim



Márcia Maia


5 comentários:

Moita disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Moita disse...

Quase não acho o logo alí.
Essa é a terceira tentativa em um mes.

Meu PC tambem ta com problemas de bloqueios pelas configurações que me fizeram nele.

Vou mandar desmanchar tudo. rsss

Lindos versos, Costumeiros lindos versos. Que saem de sua verve aos borbotões. Abundantes e fluentes como espuma em cachoeira.

1 cheiro

wind disse...

Lindo!
Beijos

Iara Maria Carvalho disse...

amor partido, repartido... essas oscilações me põem louca!

que lindo poema, como sempre!

dancei com ele...

beijão!

Iriene Borges disse...

que delícia!