segunda-feira, 17 de maio de 2010

Inferno astral ou da falta que um Nike faz


 jose antonio hernandés©












Derrapou e caiu. Um segundo de descuido, e estava no chão. A droga do tênis novo, todo cheio de riquififfis, salamaleques, amortecedores de gel e silicone, não era à prova de chuva. Menos ainda de calçada esburacada, folhas caídas e lodo. Deveria vir com um aviso: impróprio para uso no outono/inverno. E agora, a perna doía, a calça cheia de lama, por pouco não se rasgara, a mão arranhada, sangrando, a sombrinha quebrada. E três prestações da porra do tênis ainda por pagar.



Márcia Maia


6 comentários:

Manuel Veiga disse...

mas "botou figura" como por aqui se diz...

excelente a tua escrita. em qualquer registo.

beijos

JPM disse...

Olá,
Por isso que eu gosto da minha ruazinha aqui de chão batido e, em dias de chuva, da minha 7 léguas...
Saúde e felicidade.
João Pedro Metz

Moita disse...

As três prestações, por vezes, ainda é maior dor. rss

Amiga,

Obrigado pelo verso. Excelente.
Não vi ferrugem algum. rss

1 cheiro

dade amorim disse...

Um saco, um tombo na rua. De uns dois pra cá, ando como uma senhorinha bem comportada, um olho no caminho e outro no chão, lugar traiçoeiro.

Beijins

Maju Costa disse...

DEPOIS DE MEU TOMBAÇO, OMBRO LUXADO, joelho ainda doendo, confirmo - coitada da abandonada cidade precopadomundo e pré-olímpica...
Maju
Estou adorando teu (novo) Itinerário

wind disse...

Gargalhadas, muito bom!:)
Beijos