quarta-feira, 19 de maio de 2010

tinto


tarde:

célere escorre
o sangue
vivo rio vazante
da mão esquerda
às margens
bordadas do lençol
e
gota
     a
     gota
até o tapete persa
raríssimo
tingindo-o de rubra vida

                      passada



Márcia Maia


Um comentário:

Manuel Veiga disse...

pungente. esse escorrer da vida.

belíssimo

beijos