apertar um botão e apagar-te
em título e subtítulo
linha a linha
até que te restes pouco mais
que em nem escritas
entrelinhas
criptografadas em um arquivo
obscuro de um lugar
chamado cache
de onde hei deletar-te quando
o tempo nem pretérito
nem futuro
fizer-te memória imprestável de
um sentir envilecido
nem amor
nem mágoa nem nada que ouse
em descompasso dizer-
se saudade
Márcia Maia
6 comentários:
o pior é o cache que persiste, apesar dos inúmeros 'deletes'.
maravilhoso, gêmela.
beijo de domingo.
Para esses casos, só passando o CCleaner...(rs)
Gosto, também, de interagir poeticamente com o mundo dos computadores.
Tenho um poema meu que aborda este tema, apenas focando mais o lado do stress e do cansaço. Chama-se Máquina Humana.
Este teu, ficou perfeito, não ouso um delete...
Beijão.
Ricardo Mainieri
Olá,Márcia!Só para te dizer bom dia e que continuo a giostar do que escreves.Abraço
É a poesia entrando cada vez mais na era digital. hehehe
o moderno "delete" é mais confortável que "rocha de Tarpeia". provoca menos dor. rsss
muito bem
beijos
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