pintei a varanda de verde
e as paredes da sala de um negro-neon
troquei por marrom o bege das cortinas
sem pensar se combinam com o azul-petróleo
das janelas e do corredor
o sofá de um branco imaculado
e o tapete bordô tendendo ao vermelho
(o resto da casa
— de portas trancadas
deixei como estava)
para que se acaso tu chegues em busca
do cheiro de noite na pele sob a camisola lilás
ao ver-te daqui estrangeiro
sem um ninho sequer no pinheiro te sintas
tentado a te me descobrir a nos reinventar
Márcia Maia
Um comentário:
cores intemporais. as do amor...
belíssimo,
beijos
Postar um comentário