digo não desisto e sigo
adiante sem olhar
para trás em vão prossigo
nessa ânsia de buscar
a saída que não há
não me contenho maldigo
o caminho onde mitigo
a angústia de cegar-
me esse vão cruel castigo
de em mim desacreditar
calo-me quebro o antigo
espelho o que sobrar
é sangue e cacos desdigo
a dor rubra a alucinar-
me o riso a me avermelhar
a noite onde não consigo
adormecer desobrigo-
me de auroras sou mar
chumbo e bravio sou figo
apodrecido ao luar
Márcia Maia
2 comentários:
As quebras de linha desse poema dão sensações diferentes na leitura. Muito legal isso!
invejável talento o teu de assim dizer...
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