sábado, 3 de abril de 2010

de vendaval e calmaria


a memória dos olhares se adelgaça e a imagem dos que foram tremeluzem quase como holografias. não há velas que de novo as alumiem. a saudade entretanto mantém viva a sua essência. a madrugada faz-se ponte de silêncios e sentires. as imagens escondidas nos espelhos se entreolham e entrehabitam. os pássaros de pedra ousam vôos lá na sala. enquanto o vento se alterna em vendaval e calmaria.



Márcia Maia

Um comentário:

dade amorim disse...

O olhar penetrante do poema tudo contém e pode quase tudo. Assim como o vento, que "se alterna em vendaval e calmaria".

Lindo, Márcia.

Um domingo muito feliz.
Um grande beijo.