a memória dos olhares se adelgaça e a imagem dos que foram tremeluzem quase como holografias. não há velas que de novo as alumiem. a saudade entretanto mantém viva a sua essência. a madrugada faz-se ponte de silêncios e sentires. as imagens escondidas nos espelhos se entreolham e entrehabitam. os pássaros de pedra ousam vôos lá na sala. enquanto o vento se alterna em vendaval e calmaria.
Márcia Maia
Um comentário:
O olhar penetrante do poema tudo contém e pode quase tudo. Assim como o vento, que "se alterna em vendaval e calmaria".
Lindo, Márcia.
Um domingo muito feliz.
Um grande beijo.
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