sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Instantâneo


Enquanto o filho caçula, doente e pródigo, dorme, ela vela. Não fia ou tece. Espreita o céu azul da tarde, pela janela aberta, e lê o jornal do dia. Mesmo assim, em seu velho vestido de algodão bordado, deitada sobre a cama, distraída, daria um belo quadro de Vermeer. Não fossem de prata seus brincos.



Márcia Maia


Um comentário:

mfc disse...

...e são de prata e ouro os seus brincos!