domingo, 2 de janeiro de 2011

adágio grave


ana cristina césar©
















um corvo alça voo na manhã do ano-novo
ave negra sobre o céu azul

plana majestoso como se o tempo
em círculos desdobrasse

e pousa no telhado solitário
entre augúrio e agouro — istmo de asas



Márcia Maia


2 comentários:

Marcantonio disse...

Poema-áugure em suspensão. Não mais. Que bela palavra é istmo e não aquilo.

Abraço.

Manuel Veiga disse...

entre o augúrio e o agouro caminhamos - ponte que somos...

subtil e belo.

beijos