domingo, 19 de setembro de 2010

um dia esplêndido


nana canta chico na vitrola
ao som dos sinos de ventos

um cheiro de feijão e carne
assada escapa da cozinha

há bons livros nas estantes
flores sobre a mesa

e um gato imaginário
dormita preguiçoso no sofá

por que então me aflige
a mudez contumaz do telefone

meio ao cantar sem fim
dos passarinhos



Márcia Maia

3 comentários:

dade amorim disse...

Cenário e trilha sonora esperam o protagonista ao telefone...

Beijo grande, Márcia.

livia soares disse...

Adorei as postagens novas... também.
Um abraço.

wind disse...

Cenas do quotidiano:)
Beijos