segunda-feira, 14 de março de 2011

pedigree

flávio machado©














não há rosas por trás dos muros cor-de-rosa
da casa da poesia

mas touceiras de espinheiros
(entremeadas de marias-sem-vergonha)
violetas orquídeas
borboletas formigas
sapos cigarras grilos
e vez por outra um bem-te-vi

                                        mas não há rosas
                                        (nenhuma rosa)


a poesia (quase sempre) é mais sutil



Márcia Maia

5 comentários:

Celso Mendes disse...

De uma sutileza lírica encantadora, este poema. Belíssimo.

Um beijo.

Adriana Riess Karnal disse...

ai, Márcia...q coisa mais linda, q delicadeza de pensar.

Manuel Veiga disse...

pois é - a Poesia e "uma Maria-sem-vergonha". que se dá quando ela quer...

adorei.

beijos

Moita disse...

Achei que você havia parado, mas não. Continua e cada vez melhor.

"a poesia (quase sempre) é mais sutil"

Espetáculo.

1 cheiro

M.C.L.M disse...

A tua poesia é sutil!

Gostei do teu espaço, em tempo volto com calma pra te ler...

Abraços,