calor de meio-dia às sete e meia
torpor de noite e meia na manhã
o mar se faz deserto liquefeito
pretérito imperfeito de sertão
o rio em água morna se espreguiça
atiça como fogo de braseiro
o cheiro de suor e esse mormaço
(o traço mais constante do verão)
azul o sol explode na fruteira
e inscreve na cadeira essa manhã
Márcia Maia
3 comentários:
Novembro, 11, 1:00 no horário de verão; eu aqui lendo e achando muito bom esse poema.
Abraço.
O calor motiva, também a poesia.
Muito interessante tuas sensações vertidas em versos.
Recentemente, escrevi também sobre o mormaço. Olhe:
Sol em rajadas
mergulho na sombra
ou busco um bunker
com ar climatizado?
Beijão.
Ricardo Mainieri
perfeitinho!
belo!
bjbjbj
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