tão mais inúteis quanto mais se sucedem
ensolaradas e mudas são as manhãs
de domingo
eu finjo que não te espero
finges tu não nos saber
e a vida segue
a olhos vistos se adelgaça perde o viço
empalidece
sem que haja em toda a medicina uma única
maneira — poção ventosa ou vacina —
que a possa socorrer
exceto talvez abolir — por decreto — de uma
vez por todas todas elas
as mudas e claras e azuis e inúteis
manhãs de domingo
Márcia Maia
8 comentários:
Omeu domingo ficou bonitinho depois que li esse poemas,rs...beijos dominicais
[não há necessidade de decreto: poema é mapa que não desaparece, decreto desvanece-se no tempo, efémera vontade]
um imenso abraço, Amiga Márcia
Leonardo B.
pálidas manhâs. de Domingo. devotas! e sem... "missa".
beijos
Olá Márcia. Sempre bom te ler. Um beijo.
Tempo de espera...
Manoel Carlos
Ah, os domingos... pratos cheios de melancolia para os poetas.
Muito bons seus poemas!
Beijo.
Márcia,
e também as tardes de domingo.vc é ótima.
me veio um fragmento de Clarice a mente... "de onde vem os ecos do domingo?"
e na falta do amor...
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